top of page
  • Equipe Joice Peruzzi

Meu pet não gosta de ir ao veterinário, como posso ajudá-lo?

Atualizado: 27 de dez. de 2022

ANTES DE IR AO VETERINÁRIO: Algumas experiências poderão ser inevitáveis na vida de um cão, como colocação e remoção do equipamento de passeio, corte de unhas, exame das orelhas e da boca, palpação abdominal, coleta de sangue e medição da temperatura retal.


E sabe o que todas estas situações têm em comum? O TOQUE. Sabemos que o toque pode ser desagradável para muitos cães que passaram por experiências negativas e, por isso, vamos falar agora sobre como podemos ajudá-los para que estes momentos sejam menos estressantes, começando agora!


Podemos começar, desde a chegada de um filhote na nossa casa, a realizar treinos breves de manipulação. Começaremos sempre a partir de um carinho leve, progredindo até um toque um pouco mais pesado, como acontecerá na vida real! É importante que esse toque seja gradual e inicie sempre a partir dos lugares do corpo que ele já gosta de receber o toque. Também é fundamental observar a resposta do animal ao toque: ele deve estar tranquilo e relaxado a todos os momentos. Caso seu cãozinho demonstre qualquer sinal de desconforto, mostre que ele pode confiar em você e interrompa o toque imediatamente, voltando para um local ou uma pressão com a qual ele estava confortável.


Encerre uma sessão curtinha de manipulação com um petisco gostoso ou uma brincadeira que ele goste muito. Algumas áreas do corpo que não podem ficar de fora dos treinos são: orelhas, boca, patas dianteiras e traseiras e o rabinho do peludo. Com a repetição deste exercício, cada vez mais seu cãozinho se sentirá seguro em deixar que você o manipule, sem medo! Nós, veterinários, amamos nossos pacientes, mas é fato: a maioria dos cães e gatos não se sente confortável em frequentar clínicas veterinárias. Coloque-se no lugar do animal e entenda:

  • Ele frequenta a clínica quando não está se sentindo bem;

  • Mesmo para as consultas preventivas, a dor costuma estar envolvida (para a aplicação de vacinas, por exemplo);

  • Ao entrar na clínica, o animal já se depara com um ambiente assustador: com vocalizações de outros animais e marcadores de estresse deixados por outros que frequentaram anteriormente o local;

  • Por mais bem intencionados que sejam, as pessoas (sejam tutores de outros animais ou a própria equipe da clínica) em geral não entendem comunicação animal e tem dificuldades em perceber que um cão não quer a sua aproximação ou que um gato está paralisado de medo, por exemplo.

Entre outros fatores, essa é a realidade de uma clínica veterinária normal. Mas não precisa ser! Acreditamos que a medicina veterinária de excelência evolui tanto em conhecimento técnico quanto em cuidados adequados para as espécies e temos certeza que o assunto de manejo de baixo estresse em cuidados veterinários vai aumentar cada vez mais na próxima década.

Já há algumas certificações internacionais no assunto e muito pode ser feito em termos de ambiente, preparação da equipe e manejo adequado, individualizado para cada paciente. NA HORA DE CONSULTAR:

Mesmo que não haja uma clínica com essa preparação na sua cidade, você pode ajudar seu cão ou gato com algumas medidas simples, como:

  • Agendamento da consulta (exceto emergências, claro) em horários tranquilos

  • Associar previamente o uso da caixa de transporte como algo bom.

  • Levar um colchonete do cão/gato.

  • Usar feromônios sintéticos específicos para cada espécie

  • Levar os petiscos favoritos do seu animal.

  • Deixá-lo mais confortável enquanto espera atendimento, seja esperando fora da clínica, no carro, em área reservada na sala de espera e, no caso dos gatos, deixando a caixa de transporte em banco elevado e coberta por uma toalha.

Esse post é apenas um início de conversa, já que a preparação deve ser individualizada. Se seu animal tem medo ou fobia de ir ao veterinário, procure ajuda especializada.


A saúde dele não deve ser negligenciada por causa do medo, que pode ser minimizado!


Se você tem dificuldade em entender a comunicação do seu cão ou gato, e não sabe dizer se ele está confortável ou desconfortável, vem conhecer nossos e-books. Basta clicar aqui!


3 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Por que os gatos esfregam as bochechas?

Esfregar as bochechas em objetos ou em pessoas/outros animais, além de ser uma postura afiliativa (que demonstra relaxamento ou querer a aproximação do outro), também é uma forma de comunicação olfati

bottom of page